Transitando pelo mundo: Caldas Novas em março

13 de março de 2022

Eu e minha irmã optamos por ainda viajarmos paramentadas para nãos nos expormos dentro do avião. Afinal, estamos indo para Caldas Novas, e queremos aproveitar tudo que a cidade e as piscinas têm para nos oferecer.

Saímos de Viracopos e fomos direto para o Aeroporto de Caldas Novas que recebe o nome de Nelson Ribeiro Guimarães.

O aeroporto foi inaugurado em 2002 e é o segundo maior terminal de passageiros do estado de Goiás, ficando atrás apenas do aeroporto de Goiânia.

Ele tem uma réplica do 14 Bis no saguão do aeroporto.

Como chegamos cedo, ainda era dia, já fomos aproveitar a piscina quentinha.

Nós chegamos no domingo (só tem voo de domingo e de quinta). Estamos no Hotel |Privé - pioneiro na cidade.

Não tem ninguém. Todas as piscinas só para nós duas. Um sonho!

Ficamos na piscina até o escurecer e depois do jantar fomos dormir, pois não havia mais nada a fazer.

14 de março de 2022

Após o café da manhã saímos para caminhar pela redondeza e conhecer um pouco de Caldas Novas enquanto fazíamos a digestão.

\O Water Park faz parte do complexo Privé Hotéis, e fica do outro lado da rua. Não é esse tipo de divertimento que estamos procurando, mas fomos conhecer. Tem piscina de ondas, toboágua, rampa para deslizar com ou sem boia, escorregador, labirinto e muito mais.

Voltamos para o hotel e desfrutamos das piscinas que estavam quentinhas e deliciosas só para nós.

Passamos o dia dentro da água. Li que as águas termais fazem bem para a circulação sanguínea, pois ao ficar com o corpo todo submerso na água quente vai criar uma pressão fazendo com que o coração bata mais rápido e forte. A falta de atrito, por estar dentro da água e por ela ser quente, gera um relaxamento físico e mental delicioso.

A temperatura das piscinas varia entre 30 e 50 graus. Elas passam por regulagem de temperatura para serem agradáveis ao corpo humano, uma vez que são de origem vulcânica.

UM POUCO DE HISTÓRIA:

A origem das águas de Caldas Novas remonta a 600 milhões de anos, quando um vulcão, hoje extinto, ainda expelia lavas incandescentes, cinzas e gases. Esteve com atividade por milhares de anos até se extinguir completamente. Com o passar do tempo, a erosão provocada pelas fortes chuvas e pelo vento, foi corroendo as bordas de cratera até aterrá-la completamente.

O calor e a grande pressão interna dos gases acumulados abriram rachaduras na base da montanha e por elas eram expelidos vapor d’água formando “geisers”. Com a diminuição da atividade vulcânica e da pressão dos gases internos, os jatos de vapor também diminuíram e finalmente passaram apenas a jorrar água quente pelas trincas nas rochas em três locais distintos, distantes alguns quilômetros uns dos outros: Caldas Velhas, Pirapitinga e Caldas Novas.

Somente em 1722 é que estas águas quentes foram descobertas. Quem as encontrou foi o sertanista Bartolomeu Bueno da Silva, filho do bandeirante Anhanguera, que procurava ouro e pedras preciosas. Não encontrou os tesouros desejados, mas descobriu as fontes termais de maior vazão em todo o mundo!

Ficamos na piscina até 20 horas, horário em que as piscinas começam a ser esvaziadas.

Jantamos e fomos dormir.

15 de março de 2022

Hoje não foi diferente. Ficamos o dia todo no hotel e dentro das piscinas. Estamos aproveitando uma vez que o hotel continua vazio, porém, quinta-feira é dia de voo na cidade, e com certeza o hotel ficará cheio até o final de semana. Faremos um tour pela cidade, mas, por enquanto, estamos aproveitando todas as piscinas, com temperaturas diferentes, só para nós.

As piscinas são esvaziadas diariamente. Quando o movimento de pessoas é muito grande, a água é descartada nos rios que banham Caldas Novas (Pirapitinga, Peixe, Piracanjuba e São Bartolomeu), e a água é renovada. Quando o movimento é menor, as piscinas são esvaziadas, porém, passam por uma espécie de filtragem, sem química alguma em razão da água ser quente.

Após o jantar fomos jogar bingo.

Foi bem divertido. Minha irmã até ganhou uns trocados kkkkk

16 de março de 2022

Após o café saímos para dar uma volta pela cidade.

Caldas Novas é um das mais importantes cidades turísticas do estado de Goiás. Tem uma maravilhosa infraestrutura hoteleira com mais de 120 hotéis (desde os mais simples até os mais sofisticados), e todos com várias piscinas termais.

Logo que saímos do hotel já nos deparamos com um ótimo ponto para fotografar.

Ops! Estou de máscara!

Minha irmã não resiste a um super-herói

Aqui nós duas na mesma foto e o amigo que fizemos no portal.

Bem ao lado de onde estávamos, escutamos uma algazarra danada!

Era esse casal de arara, que pelo jeito estava com ninho dentro desse tronco oco.

Continuando a caminhada chegamos à Igreja Matriz - Nossa Senhora das Dores - construída em 1850 por índios e escravos da região.

Nossa Senhora das Dores, também chamada de Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Soledade, Nossa Senhora das Angústias, Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete Dores, Nossa Senhora do Calvário, Nossa Senhora do Monte Calvário, Mãe Soberana e Nossa Senhora do Pranto, invocada em latim como Beata Maria Virgo Perdo lens ou Mater Dolorosa (sendo, sob essa designação, particularmente cultuada em Portugal), é uma forma pela qual é venerada Maria (mãe de Jesus).

É a Santa Padroeira da cidade de Caldas Novas, em Goiás.

Nossa Senhora das Dores surge representada sendo ferida por sete espadas no seu coração imaculado (algumas vezes, uma só espada), dado ter sido trespassada por uma espada de dor, quando da Paixão e Morte de seu Filho, unindo-se ao seu sacrifício enquanto redentor e sendo, por isso, chamada pelos teólogos de Corredentora do Gênero Humano. É, também, seu símbolo, o Rosário das Lágrimas (ou Terço das Lágrimas), com 49 contas brancas divididas em sete partes de sete contas cada. Aparece, também, frequentemente representada com uma expressão dolorida diante da Cruz, contemplando o filho morto (donde nasceu o hino medieval Stabat Mater), ou então segurando Jesus morto nos braços, após o seu descimento da Cruz (dando, assim, origem à temática das Pietá). - Fonte

A Praça da Matriz também é conhecida como Praça Mestre Orlando - construída em 1911 - e fica em frente ao calçadão Orcalino Santos, repleto de bares e restaurantes. À noite e finais de semana os artistas locais expõem sua arte aqui na Praça.

17 de março de 2022

Mais um dia cheio de sol!

Hoje é quinta-feira, dia da semana, com voo para Caldas Novas, e o hotel começa a receber os turistas. Ainda são poucos, mas o pessoal da animação já está em atividade. Tiramos a manhã para curtir o sol e as piscinas.

Ao fundo o prédio com o nosso quarto no primeiro andar.

Essas quedas d'água ao fundo são deliciosas!

Mesmo sem a interação dos hóspedes, o animador não desistiu e nem desanimou!

Depois do almoço fomos caminhar um pouco e encontramos essa Hamburgueria muito original!

18 de março de 2022

Hoje, o dia será todo destinado a conhecer as belezas de Caldas Novas. Iremos com o Trenzinho da Alegria e com seu guia turístico.

Crédito - Guia Turístico Oficial

Primeira parada foi na Cachaçaria Vale das Águas Quentes.

A profecia de Sobral Pinto parece que está no caminho certo!

Minha irmã posando para a sua coleção de fotos temáticas.

Saí leve como uma anja!

Um pouco de história da Cachaçaria:

A Cachaçaria é composta por duas unidades. A unidade rural, que fornece a matéria-prima e a particular de 300 hectares, localizada a 25 km de Caldas Novas, o plantio do canavial é feito de forma orgânica e os frutos naturais de cerrado como o pequi, curiola, murici, bacupari, jenipapo, gabiroba, mangaba, entre outros, são cuidadosamente selecionados para a fabricação dos licores artesanais.

A sede da Cachaçaria Vale das Águas Quentes proporciona a seus visitantes a oportunidade de presenciar o processo de fabricação dos produtos, o prazo de degustação e uma viagem ao passado do Brasil e dos engenhos.

A cachaçaria fica numa estrutura arquitetônica rústica e aconchegante, com seus jardins e a Capela ao fundo.

A ideia inicial da cachaçaria era de fazer uma cachaça que fosse tão gostosa e suave quanto o whisky. Para isso, fez parcerias com a USP de São Carlos e com a ESALQ, a Escola Superior de Agricultura de Piracicaba, ambas em SP. Da busca, nasceu a Barril 12, premiada em 2007 em uma feira mundial de bebidas em Turim, na Itália; em 2009, terminou em vice. Em 2005, sua cachaça foi para a França, em um evento de degustação realizada na Embaixada brasileira em Paris, visando uma possível exportação, o que ainda não aconteceu pelo fato da produção ainda ser insuficiente.

Além da famosa cachaça de Caldas Novas é produzido também açúcar mascavo, rapadura e melado, tudo segundo a tradição dos antigos alambiques coloniais e sob rígidos padrões de qualidade.

A Cachaçaria Vale das Águas Quentes fica aberta diariamente à visitação do público, que pode acompanhar o processo de fabricação de seus produtos e visitar a exposição fotográfica e o acervo de objetos da época colonial.

A deliciosa cachaça produzida na região é envelhecida naturalmente em barris de madeira nobre, como nos antigos alambiques das fazendas coloniais. Os licores tradicionais de frutas são fabricados a partir de uma cachaça bi-destilada onde todos os extratos são produzidos artesanalmente. (Fonte)

Na sequência fomos conhecer o MUNUMENTO DAS ÁGUAS.

O monumento às águas é aberto à visitação e mostra além das belas cascatas e jardins, uma magnífica escultura que deixa todos a pensar o seu significado. Foi construído para proporcionar paz e tranquilidade. O barulho das águas lembra as cachoeiras e sua estrutura torna-se um agradável e inesquecível passeio entre pedras e cascatas de águas.

Foi inaugurado em 2004 pelo Hotel Thermas diRoma.

O monumento às águas homenageia as águas quentes da região. Fica localizado na entrada da cidade e se tornou ponto de parada para todos os visitantes que passam pela entrada da cidade. (Fonte)

JARDIM JAPONÊS DE CALDAS NOVAS

Foi construído pelo japonês Toshiyuki Murai, hoje residindo no Brasil.

É um local de grande significado espiritualista.

O lugar tem um lago com peixes, animais como avestruz, pavão, tartarugas, porém não é só isso, tem também pequenos monumentos da cultura japonesa para deixar tudo com um ar um pouco mais oriental. (Fonte)

Nada em um jardim japonês está lá por acaso. Cada elemento cumpre sua função, seja como decoração ou por algum significado maior.

Diferentes árvores, arbustos e flores são combinados como se fizessem parte de uma pintura. As flores são escolhidas com base em suas estações de florescência.

Além disso, algumas plantas, como o lótus e o pinheiro, tem significado sagrado.

Entre os principais elementos que dão vida ao Jardim está a água (lagoas e riachos), pedras (montanhas, rios, ilhas), carpas, caminhos, pontes, lanternas, colinas.

Os jardins do tipo antigos eram muito utilizados por monges budistas, devido à calmaria e tranquilidade que proporcionavam para a meditação.

Além disso, os jardins japoneses tradicionais são cercados por diversos elementos da natureza, que proporcionam maior contato com a natureza.

A água, por exemplo, está sempre presente e pode ser encontrada na forma de lagos, riachos e cascatas. Ela simboliza o ciclo da vida, do nascimento à morte. Na maioria das vezes, os lagos contam com a presença de carpas que representam sorte, prosperidade e resistência, por causa da facilidade dos peixes de nadar contra a correnteza.

Já a ponte, simboliza um rito de passagem, evolução e abandono de energias negativas. No lugar, normalmente, os visitantes podem relaxar, apreciar a beleza da paisagem, ver as carpas que nadam suavemente no lago e apreciar a suavidade da brisa. As pontes podem ser construídas de madeira, bambu, terra ou pedra. Também podem ser planas, em ziguezague, arrendondadas ou levemente arqueadas.

As pedras, onde as pessoas fazem a travessia do lago, representam o livre arbítrio e a água, purificação. Pedras grandes podem ser usadas para representar ilhas, montanhas e colinas, onde os visitantes podem subir e admirar a vista panorâmica de todo o jardim. Pedras menores e cascalho são usados para fazer caminhos que representam a evolução do ser humano ao longo da vida ou podem ser usadas para representar lagoas, riachos, cascatas e até mares. (Fonte)

ESta é uma Gameleira com mais de 150 anos.

Ao apreciá-la podemos sentir a sua beleza e a sua força. Testemunhar a passagem do tempo em seu tronco grande, forte, robusto, agarrado ao chão, mostrando sua força através dos galhos que se espicham em direção ao céu, nos provando que o tempo foi seu parceiro, e que suas folhas verdes lhe embelezam e propicia sombra para aquele que dela necessita.

Fui dar comida para o avestruz e ele quase ficou com o meu dedo.

Saímos do Jardim Japonês e fomos para

O Santuário Diocesano N. Sra. da Salette

Fica próximo ao Santuário. É muito linda, porém peguei de lado, pois tirei a foto quando estava no trenzinho.

O Santuário Diocesano N. Sra. da Salette, em Caldas Novas, Diocese de Ipameri – Estado de Goiás, foi criado por Dom Guilherme Antônio Werlang, MSF, Bispo desta Diocese.

É uma entidade jurídica e seu patrimônio pertence à Diocese de Ipameri e está sob os cuidados dos Missionários Saletinos. Estes se propõem ser uma equipe organizada para exercer um ministério específico na caminhada desta Igreja Particular, marcando presença no atendimento ao povo de Deus desta Região e a todos quantos vierem de qualquer parte no sentido de viver também aqui a sua fé em Deus e na Virgem Santíssima sob o título de Nossa Senhora da Salette.

O Santuário Diocesano N. Sra. da Salette, em Caldas Novas, Diocese de Ipameri. Estado de Goiás, foi criado por Dom Guilherme Antônio Werlang, Bispo da Diocese, no dia 19 de setembro de 2004.

Instalado oficialmente na primeira Romaria Penitencial no dia 17 de outubro do mesmo ano. Porém, a origem do santuário é atribuída, por muitos fiéis e moradores da região, à chegada dos padres Salentinos a Caldas Novas, por volta de 1999.

A igreja e o santuário tiveram sua história montada no decorrer de longos anos. Durante esse tempo, diversos religiosos passaram pela região e moldaram o então Santuário com ideias e filosofias. (Fonte)

O Estado de Goiás faz parte do cerrado, o segundo maior bioma brasileiro. Por isso, nada melhor do que criar um santuário no “pé” da Serra de Caldas Novas. Dentro da vegetação do cerrado, com uma vista incrível do alto da cidade.

O Santuário da Salette, na França, enviou um cálice e um cibório trazidos pelo Superior Provincial, Pe. Marcel Schlewer MS, para as celebrações no Santuário de Caldas Novas.

Um significativo presente que sela a união entre os dois Santuários.

Num caminho de belíssimo panorama, foi implantado, na encosta, um “Fac-simile” ou representação do local da Aparição de Nossa Senhora em Salette, na França. As estátuas que representam os três momentos da Aparição – Nossa Senhora sentada em lágrimas, depois em pé falando com os videntes Maximino e Melânia, e por fim elevando-se aos céus - foram doadas por pessoas da Paróquia Nossa Senhora da Salette, em São Paulo.

Os doadores generosos vieram a Caldas Novas para a bênção e instalação solene das imagens. O caminho da Via Sacra, com as cruzes instaladas entre as diferentes estátuas, faz parte da tradição saletina.

A abertura da Porta Santa na diocese de Ipameri (GO) ocorreu no primeiro domingo da Quaresma, 14, no Santuário Diocesano de Nossa Senhora da Salete, em Caldas Novas.

O bispo de Ipameri, dom Guilherme Werlang, conduziu uma caminhada em direção à Igreja onde, em um ato solene, abriu a primeira porta do novo templo, a Porta Santa, preparada especialmente para a ocasião.

Antes do rito, o reitor do Santuário, padre Daniel Aguirre, recordou as palavras do papa Francisco: “ao atravessar a Porta Santa, deixar-nos abraçar pela misericórdia de Deus e comprometer-nos a ser misericordiosos com os outros como o Pai é conosco”.